Os alunos do 11.º e 12.º ano voltam hoje às atividades letivas presenciais. Um estudo de um investigador da Universidade do Minho mostra que a maioria, contudo, preferia "não voltar às aulas e tem medo de ser contagiado pelo vírus ou de vir a infetar um familiar ou amigo". Estas conclusões são hoje noticiadas pelo jornal Público.

O estudo do investigador José Precioso foi feito online, junto de uma amostra de 1200 estudantes do ensino secundário público. 59% dos inquiridos discorda com o recomeço das aulas presenciais. Confrontados com a necessidade de regressar ao espaço escolar, os estudantes inquiridos revelam desconforto: 56,3% concorda com a frase "Sinto-me inseguro se tiver que ir para a Escola".

 

Quais são as orientações do ministério para a reabertura das escolas?

Horário escolar alterado, percursos orientados e redução da lotação de bibliotecas são alguns dos exemplos de medidas enviadas às escolas, tendo em vistas o regresso às atividades letivas presenciais agendado para 18 de maio. O Ministério da Educação enviou ontem para as escolas orientações relativas ao acolhimento dos alunos do 11.º e 12.º ano, bem como do Ensino Profissional e Artístico Especializado.


 
Um dos factores que pesa neste sentimento parece ser o receio de poder vir a infetar alguém. Embora 67,2% revele ter receio de contrair a Covid-19 são mais os que receiam vir a contagiar um familiar ou amigo (88,3%).

 

A opinião e os conhecimentos

A investigação "Conhecimentos, Opiniões e Comportamentos sobre a Pandemia covid-19 no Ensino Secundário" foi realizada por José Precioso, através de um inquérito online. Citado pelo Público, o investigador considera que os estudantes deveriam ter sido ouvidos, antes de ser tomada a decisão do regresso às atividades letivas presenciais.

"Sabíamos que esta população iria, em breve, voltar às aulas e estar exposta a situações de risco", refere o investigador. Por essa razão, conclui, era necessário saber "até que ponto estavam preparados para enfrentá-lo".

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Pela mesma razão, o estudo incluiu uma avaliação dos conhecimentos sobre o novo coronavírus. Os cerca de 1200 estudantes inquiridos responderam corretamente a uma média de 12,48 das 14 respostas colocadas. Um dado que leva José Precioso a concluir que os alunos têm bons conhecimentos relativos à natureza da doença, da transmissão do vírus e das formas de prevenção.

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