A opinião dos alunos deve ser tida em conta no planeamento do regresso às aulas. A opinião foi partilhada pela diretora executiva da Unicef Portugal, Beatriz Imperaroti, no âmbito do Dia Mundial da Criança, que defendeu ainda que os estudantes deverão partilhar a experiência que tiveram durante as aulas a distância.

“Depois destes meses de confinamento é preciso refletir sobre que escola é esta e essa reflexão deve ser feita com as crianças", disse Beatriz Imperatori à Lusa, sublinhando ainda a necessidade de "incluir as crianças nos processos de decisão política" e de aferir a eficácia da aprendizagem durante a pandemia.

 

 

De acordo com a diretora executiva, a Unicef Portugal tem vindo já a desenvolver esse trabalho de auscultação, sendo que muitos alunos classificaram a modalidade de ensino a distância como menos eficaz e a maioria dos pais identificou dificuldades no apoio aos filhos.

Por essa razão, a directora da Unicef Portugal defende que as escolas possam acolher, durante o verão, as crianças com dificuldades de aprendizagem neste regime de ensino a distância, de forma a mitigar desigualdades, nomeadamente no acesso ou uso de meios informáticos.

"O desafio que lançamos é que a escola, antes de abrir, possa chamar as crianças mais vulneráveis e possa trabalhar com elas durante o Verão, de forma formal e não formal para que estejam mais bem preparadas no regresso às aulas”, afirmou Beatriz Imperatori.

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