A academia Art&Cultura ainda vai no início da semana. Contudo, sendo o seu programa rico em atividades, não há tempo a perder, há que explorar a região de Leiria. E foi precisamente este o foco do segundo dia desta academia de verão. A manhã começou com uma viagem para a Batalha, um dos concelhos que integra o distrito de Leiria. Aqui, os participantes foram desafiados a participar numa visita guiada pela vila, de forma a conhecerem os principais pontos de atração histórica

Tendo sido recebidos por um dos técnicos do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, Francisco Soares, os alunos começaram o seu percurso por uma das praças mais emblemáticas desta vila. “Estamos no centro do nosso país”, começou por revelar Francisco Soares, acabando por dar as primeiras indicações ao grupo. "Vamos começar esta visita pela Praça Mouzinho de Albuquerque”, indicou.

 

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Passando por alguns pontos principais da Batalha, os participantes foram conhecendo algumas das histórias que marcam estes espaços. Junto à estátua equestre de D. Nuno Álvares Pereira, Francisco Soares desafiou o grupo a dividir-se em dois eixos distintos, simbolizando o exército português, por um lado, e o exército castelhano, por outro. Neste sentido, a ideia desta atividade passou pela tentativa de recriar o episódio histórico da batalha de Aljubarrota. Foi em 1385 que ocorreu esta batalha, tendo ficado para a história como uma das principais vitórias militares dos portugueses

Recordando a história por trás deste momento, Francisco Soares sublinhou a tática do quadrado, estratégia adotada por Nuno Álvares Pereira para comandar as tropas portuguesas e, assim, vencer esta batalha contra as tropas de Castela. "Nuno Álvares Pereira tinha apenas 25 anos quando comandou as tropas portuguesas", recordou Francisco Soares.

 

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O próximo ponto a observar foi a fachada do Mosteiro da Batalha. Sobre a arquitetura deste monumento, Francisco não deixou de destacar que “o Mosteiro da Batalha abrange vários estilos arquitetónicos, sendo o principal o gótico flamejante", acrescentando que "este estilo cria a sensação de que o mosteiro está a arder”

 

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Ao entrarem no Mosteiro, os alunos foram recebidos pelo grupo de teatro “O Nariz Teatro” para uma visita encenada ao Mosteiro da Batalha. Três atores deste grupo de teatro conduziram a visita de forma dinâmica, interpelando diretamente os participantes e recordando alguns momentos históricos. "Sejam muito bem-vindos e bem-vindas ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha", começou por afirmar um dos atores.

 

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Aqui foi recordada a história de Portugal e deste Mosteiro, passando pela "Igreja de Afonso Domingues" e pela "Fonte de Mateus Fernandes" e terminando no túmulo de figuras históricas como o Infante D.Henrique, conhecido como o Navegador. 

Já para o almoço, o destino escolhido foi o Ecoparque Sensorial da Pia do Urso, onde todos os participantes se juntaram para um piquenique no Parque de Merendas. Posto isto, cada equipa visitou o Centro de Interpretação da Pia do Urso (CAIPU), onde foi possível ver alguns vídeos sobre o concelho da Batalha e sobre a freguesia de São Mamede. 

Após esta sessão informativa, os participantes descobriram os trilhos do Ecoparque Sensorial da Pia do Urso, num passeio com algumas estações lúdicas.

 

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O segundo dia da academia Art&Cultura terminou com a visita às Grutas da Moeda, em São Mamede, no concelho da Batalha. Aqui, o grupo participou numa visita guiada pelas várias salas e galerias destas grutas, desde o Lago da Felicidade e a Sala do Presépio até à Galeria Cascata, passando pela Fonte das Lágrimas.

Entre estalactites, estalagmites e colunas, um dos guias desta visita, Mickael Pereira, desvendou um pouco por trás da história deste espaço. "Estas grutas foram descobertas em 1971, por dois caçadores que perseguiam uma raposa, que acabou por se esconder num algar no meio do bosque", revelou Mickael, sem antes acrescentar que "foram estes caçadores que exploraram o espaço destas grutas"

 

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Sobre esta visita, os participantes revelaram-se surpreendidos e interessados. "A visita às Grutas da Moeda foi a parte que mais gostei deste segundo dia", revelou um dos participantes, Frederico Moura. Para este aluno, "toda a construção destas grutas e a profundidade a que podem chegar são fascinantes". Tal ideia foi reforçada por João Paulo Moreira, outro participante desta academia. João Paulo concluiu que "através desta visita conseguimos ter uma perspetiva real destas grutas, sendo algo a que não temos acesso tão facilmente"