Desde 2003 que o curso de Cardiopneumologia é lecionado na Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa de Lisboa (ESS CVP Lisboa). Esta é uma formação numa “área da saúde muito específica que abrange várias vertentes integradas no estudo funcional, no diagnóstico e terapêutica no âmbito da cardiologia, pneumologia, sistema cerebrovascular e cirurgia cardíaca”, como podemos ler no site da Escola.
“É uma área diferenciada da saúde”, começa por dizer Catarina Coelho, estudante do 3º ano da licenciatura em Cardiopneumologia na ESS CVP. Este é um curso com vertentes de duas especialidades, a Cardiologia e a Pneumologia, para além da vertente cerebrovascular, e forma “técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica que executam todos os exames de diagnóstico das duas áreas”, acrescenta Nicole Henriques, finalista da licenciatura.
Ambas as alunas descrevem a Cardiopneumologia como uma área “muito importante”, “desafiante” e que “desempenha um papel decisivo e ativo” no diagnóstico e tratamento dos pacientes. “A profissão de cardiopneumologista precisa de ser mais valorizada”, reconhece Nicole.
“Os braços direitos” dos médicos no diagnóstico e tratamento
Os cardiopneumologistas são técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica que fazem parte de equipas multidisciplinares e executam todos os exames de diagnóstico das áreas da cardiologia e da pneumologia, realizando e interpretando o “exame mais básico de todos, o eletrocardiograma” e “participando na cirurgia cardiotorácica, uma das áreas mais invasivas que integramos, enquanto perfusionistas”, explicam as alunas. “Temos que conhecer muito bem a fisiopatologia e interpretar os exames, apontar para um diagnóstico e também saber intervir na terapêutica mais adequada”, explica Catarina.
As alunas escolheram o curso na ESS CVP pelo interesse que tinham pela área da saúde e também pelo programa apresentado pela Escola. São quatro anos de licenciatura onde os dois primeiros são “essencialmente teóricos”, o terceiro divide-se em teoria no primeiro semestre e prática no segundo, com o início dos estágios que têm continuidade no quarto ano. “O curso abre-nos um horizonte para uma realidade futura”, acrescenta Nicole.
«As relações com os professores são excecionais, dão-nos uma grande visão do que é que vamos encontrar o que é muito bom.»
Catarina Coelho, 3º ano da Licenciatura em Cardiopneumologia
Catarina completa: “o que acho muito bom no curso da ESS CVP Lisboa é o facto de nós termos professores que estão no topo de carreira nas suas áreas, tal como o facto de também exercerem nas áreas o que nos dá uma grande noção do que vamos encontrar”.
A ESS CVP também dá a oportunidade aos estudantes de usar o laboratório nas aulas práticas e os alunos da licenciatura em Cardiopneumologia têm aulas práticas “nas diversas áreas existentes”, tendo acesso a equipamentos avançados como o “pletismógrafo”, praticando exames como o “eletrocardiograma ou o eco doppler vascular” e visitando hospitais, o que as alunas consideram “uma excelente oportunidade de vermos de perto como é que vão ser os nossos estágios para termos uma noção da realidade hospitalar”. Quando terminado o curso, os licenciados desta especialidade poderão exercer em hospitais públicos e privados, centros de saúde, centros de investigação, instituições desportivas, entre outros locais.
Quando terminar o curso brevemente, Nicole vê-se a trabalhar “ou na área da cardiologia de intervenção ou da ultrassonografia cardíaca”, sendo essas as suas áreas de eleição. Estando no terceiro ano, Catarina tem uma perspetiva diferente, mas a ultrassonografia também é uma das suas áreas de eleição.
O espírito de proximidade da ESS CVP Lisboa
As alunas também partilharam com a FORUM o espírito que se vive na escola, falando da proximidade com os professores e das diversas atividades extracurriculares em que os estudantes podem participar. “As relações com os professores são excecionais, dão-nos uma grande visão do que é que vamos encontrar o que é muito bom”, frisa Catarina.
Ambas as estudantes mencionam a importância do voluntariado na Escola, com Nicole a acrescentar outras atividades que permitem o contacto entre os alunos como “a tuna para as pessoas que mais gostam de estar ligadas à música e a praxe, onde podemos ter contacto com alunos de outros cursos e as atividades realizadas pela associação de estudantes”.
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