Pelo terceiro ano consecutivo, a Comunidade Ubuntu foi convidada a fazer parte do movimento que pretende levar um olhar mais empático a todo o país. Foram chamados à ação os jovens desde o 1.º ciclo ao Ensino Superior, como Educadores e Encarregados de Educação.
Ao longo de toda a semana, foi gerada uma onda de Empatia um pouco por todo o país. A Academia de Líderes Ubuntu lançou o desafio e a Comunidade superou-o. O resultado está à vista. Foram 141 as Escolas, Projetos e Instituições de Ensino Superior que abraçaram esta missão e se inscreveram. Foram realizadas 621 atividades, mais de 250 sugestões de recursos inscritos e estiveram envolvidos mais de 2600 educadores e cerca de 40 mil participantes.
Como fazer parte da revolução empática?
Todos aqueles que abraçaram o desafio puderam implementar as suas propostas criativas de atividades ou seguir as dinâmicas propostas pela Academia de Líderes Ubuntu. As sugestões foram pensadas para pequenos e grandes líderes Ubuntu e incluía também várias dicas para ler, ver e ouvir, para não faltar inspiração em todos os momentos do dia.
Para ajudar a construir um mundo mais empático, foram sugeridos livros como “Se isto é um Homem”, “Uma questão de cor” ou “Eu sou Humano”. Na Biblioteca foram ainda recomendados pequenos e grandes filmes, bem como música e podcasts.
Da teoria à prática…
Durante cinco dias, foram várias as Escolas que arregaçaram as mangas e levaram a Empatia aos seus contextos. Conhece algumas iniciativas.
A Escola Secundária de Alcaides Faria, em Barcelos, estendeu o convite a toda a Comunidade Educativa que, durante toda a semana, realizou diferentes atividades para por em prática a Empatia! No primeiro dia, por exemplo, criaram um mural da Empatia e distribuíram frases empáticas.
O Clube Ubuntu do Agrupamento de Escolas de Valbom alargou o repto da ALU a toda a comunidade escolar (alunos, famílias e pessoal docente e não docente), desafiando-os a construir mil Tsurus numa ação coletiva pela Paz, inspirada na história de Sadako Sasaki.
Tsuru é uma ave sagrada do Japão, símbolo de saúde, de boa sorte, felicidade, longevidade e fortuna. A lenda japonesa diz que esta ave pode viver até aos mil anos e que quem fizer mil tsurus em origami, com o pensamento voltado para um desejo, poderá vê-lo ser realizado.
No Agrupamento de Escolas de Real, também foram construídos Tsurus. O objetivo? Colorir e preencher as Escolas, de norte a sul do país, com este símbolo de Paz e assim esperançar um mundo em que ela exista.
Já em Vila Nova de Gaia, na Escola Básica das Matas, os mais pequenos realizaram a dinâmica “o Presente”, para nos relembrar que “muito mais é o que nos une, que aquilo que nos separa.”, ensinando-nos ao mesmo tempo a apreciar o que nos torna únicos e especiais.
Os jovens líderes do 3.º ano da Escola de Outeiro, em Oliveira do Douro, foram desafiados a refletir sobre o nosso olhar sobre os outros, num contexto específico, a partir da dinâmica “O Libório”.
Os alunos da Escola Básica e Secundária D. Carlos I, Sintra, mostraram que a empatia também combina com criatividade. Foi através dos seus corpos que criaram duas palavras essenciais para todos os dias: felicidade e empatia.
"Dou valor aos sentimentos dos outros". "O que sentimos é importante”. "Escuto os outros atentamente”. Estas são apenas algumas das mensagens empáticas escritas pelo Clube Ubuntu da Escola Básica Piscinas, nos Olivais. Os alunos do 9º ano viram e comentaram o filme “Crocodilo” e nas palavras da Educadora que os acompanhou, “os debates foram muito, muito ricos em empatia. Que orgulho nos nossos líderes e nos nossos alunos”.
A Semana Ubuntu da Empatia foi além e chegou até Espanha, Brasil e América Latina. A ALU LATAM, por exemplo, lançou vários desafios para a Comunidade, como escrever uma nota de agradecimento a três pessoas que os impulsionasse a ser melhor, separar coisas para doar, ajudar um amigo, dar abraços ou preparar uma refeição para a família.
Muitas foram as Escolas que aceitaram explorar o Jogo da Empatia, em resposta ao desafio da Academia de Líderes Ubuntu. Através de pequenos gestos no dia-a-dia, pretendia-se trabalhar o sentido de comunidade e um olhar atento ao outro, pôr em prática uma preocupação empática e criar momentos de ligações com o outro.
Da Escola Básica da Leça do Balio chegaram notícias dos alunos do 1.º ciclo: houve quem tenha preparado o pequeno almoço para o pai que chegou do trabalho cansado, quem tenha feito o avô feliz com uma chamada ou quem tenha oferecido um desenho ao colega de turma.
Sabe tudo sobre a Semana Ubuntu da Empatia aqui.