Definidas como atividades sem caráter obrigatório, realizadas de forma paralela e simultânea às atividades escolares, as atividades extracurriculares estão associadas, conforme explica a investigadora Anabela da Cunha, a um maior “ajustamento emocional, nomeadamente maior autoestima e menos depressão”. Outros estudos apontam ainda outros benefícios associados a esta prática: menor abandono escolar, desenvolvimento de competências transversais, menores comportamentos de risco e melhor capacidade de socialização.
Os estudos do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da autoria da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), também confirmam o efeito positivo destas atividades no desempenho dos alunos. Ao longo dos diversos países da OCDE, “o tipo e a oferta de atividades extracurriculares varia bastante, mas a sua ligação com um melhor desempenho dos alunos é constante”, pode ler-se num relatório do PISA.
Um dos pontos chave está mesmo no desenvolvimento capacidades que poderão ser essenciais no futuro. Aptidões como sentido de responsabilidade, resolução de problemas ou capacidade de gestão e organização serão algumas das competências reforçadas. Isto sem esquecer os benefícios físicos associados à realização de uma atividade, mesmo que não seja obrigatoriamente desportiva, nomeadamente no combate aos sintomas de ansiedade.
Tal como recorda a OCDE, a variedade de escolhas no campo das atividades extracurriculares é imensa, sendo que alguns autores as dividem em: Atividades Sociais, Desporto, Artes Performativas, Atividades da Escola e Clubes Académicos. Muitas escolas possuem mesmo grupos ou clubes dedicados a áreas como Teatro, Leitura, Jornalismo ou Desporto. O primeiro passo é identificares a tua vocação ou uma área que consideres interessante. A partir daí, o importante é experimentar.