Uma investigação da Faculdade de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologia da Informação da Universidade Lusófona, no Porto, partilhou hoje os resultados preliminares do estudo que revelam que 53% dos universitários recorrem à Inteligência Artificial (IA) para estudar e realizar trabalhos. A investigação envolveu mais de 400 estudantes universitários.

Em comunicado, os autores do estudo partilham que esta é "uma realidade com tendência para aumentar""Será necessário estruturar o ensino tendo como certeza a utilização de sistemas de IA, quer ao nível de processos de avaliação, quer ao nível de literacia para os usos de sistemas digitais, desde o ensino básico", acrescentou o investigador da Universidade Lusófona do Porto, Pedro Rodrigues da Costa, um dos autores da investigação.

O estudo também concluiu que aproximadamente 63% dos alunos não informa os professores acerca da utilização destes sistemas. Fazem-no por "receio da reação dos docentes" e também como "estratégia para ganhar vantagens no processo de avaliação", no entanto consideram que os professores não se importam com a sua utilização.

Contudo, mais de metade dos estudantes inquiridos (58%) afirma que os trabalhos entregues são da sua autoria e da dos seus colegas. Mesmo considerando que estes sistemas facilitam a vida dos alunos por lhes dar as respostas na hora, 78,5% dos estudantes pensam que estes sistemas "convocam a preguiça mental" e 73,4% consideram que a inteligência artificial "vai tornar as pessoas dependentes de máquinas".