Enquanto aluno do secundário, Guilherme Ribeiro estudou quase sempre na biblioteca da escola. Depois da entrada no ensino superior, passou a frequentar sobretudo o Caleidoscópio –  a sala de estudo da Universidade de Lisboa, no Campo Grande. A certa altura, conta, sentiu que “já não havia por onde variar”. Foi então que teve uma ideia:
“Pensei que deveria haver um espaço que reunisse, de uma forma simples e intuitiva, os vários locais onde se pode estudar”. 

Foi a partir desta ideia base que Guilherme construiu, durante o período de confinamento no início deste ano, a aplicação “OndeEstudo”. “A ideia é que seja uma aplicação comunitária, onde os utilizadores podem partilhar os locais onde gostam de estudar e onde outras pessoas os possam conhecer”, conta. Assim que abre a aplicação, o utilizador tem acesso a locais perto da sua localização (depois de confirmadas as permissões de privacidade). É também possível encontrar informação sobre o estado de ocupação, fotografias e horários, bem como uma review e avaliação.

 

Ond Estudo Graphic 011



Evitar a monotonia 

“A ideia é evitar a monotonia de ir sempre aos mesmos sítios”, realça Guilherme, que explica que existe ainda a possibilidade de encontrar coleções temáticas que “filtram” os resultados por tipo de local (jardim, café, biblioteca, etc.). Desta forma, esta ferramenta permite aos estudantes “encontrar locais adequados ao seu perfil e também ao estado de espírito do momento”. “Porque nem todos os dias são iguais”, reforça.


“A ideia é que seja uma aplicação comunitária, onde os utilizadores podem partilhar os locais onde gostam de estudar e onde outras pessoas os possam conhecer”
Guilherme Ribeiro, criador da app OndEstudo


 

Enquanto estudante, Guilherme pensa que esta aplicação é “uma ferramenta importante”, uma vez que variar o ambiente de estudo “pode inclusivamente aumentar o rendimento”. O atual contexto da pandemia da Covid-19 poderá ter algum impacto na adesão potencial de utilizadores, contudo, destaca o estudante, a OndeEstudo poderá ainda servir para “distribuir os estudantes por vários locais” – o que será uma mais-valia no contexto pandémico. No mesmo sentido, a app inclui vários sugestões de espaços ao ar livre que acabam por “dar uma resposta adequada a este condicionamento”.    

Atualmente, a aplicação conta com mais de 400 downloads e um número semelhante de utilizadores registados. “Todos os dias chegam pessoas novas”, conta Guilherme, antes de explicar que a ideia passa por continuar a trabalhar a aplicação apresentando novas funções e funcionalidades (existem, por exemplo, planos para uma expansão para iOS): “A ideia é acrescentar inovação que permita continuar a chegar a mais pessoas e ajudar aquelas que escolhem utilizá-la”.