Uma equipa de investigadores avançou com um projeto que pretendia dar a conhecer os "Hábitos de Leitura dos Estudantes do Ensino Superior". Num universo de quase 180 mil alunos de universidades e institutos politécnicos portugueses, aproximadamente 2 mil alunos responderam ao estudo.

Na apresentação dos resultados do estudo, na Fundação Calouste Gulbenkian, a sub-diretora geral da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC), Filomena Oliveira, disse que "estes resultados não são representativos dos hábitos de leitura". Filomena Oliveira explicou que este acaba por ser apenas um "exercício piloto" e apelou a "um maior envolvimento das Instituições de Ensino Superior" (IES) nos próximos estudos.

Mais de 90% dos alunos inquiridos disse ter hábitos de leitura sem fins académicos, lendo sobretudo livros, revistas, jornais ou textos "online", com os textos "online" a serem os mais lidos (74%) e as revistas as menos escolhidas. Os meios digitais são os mais utilizados pelos alunos (acima de 70%), com o papel a ser a opção preferida caso pretendam ler um livro.

As redes sociais são as mais utilizadas pelos alunos quando se procura textos 'online' para ler (81%), mas também procuram por informação em sites noticiosos (78%). O Instagram é a rede mais procurada (82%), sendo seguida pelo X (antigo Twitter) e pelo Facebook.

No estudo, metade dos alunos referiu ler jornais, com a maioria (61%) a preferir o formato digital e apenas 7% a optar por ler em papel.