Há cerca de 100 anos, alguns investigadores opunham-se à prática de atividades extracurriculares, por considerarem que eram prejudiciais ao desenvolvimento dos alunos. Contudo, conforme relembra Anabela da Cunha na sua tese de mestrado sobre os benefícios destas atividades, “a opinião dos educadores alterou-se nas primeiras décadas do século XX”, passando estas, desde aí, a ser consideradas relevantes no progresso de crianças e adolescentes.
Definidas como as atividades sem caracter obrigatório, realizadas de forma paralela e simultânea às atividades escolares, as atividades extracurriculares estão associadas, conforme explica Anabela da Cunha, a um maior “ajustamento emocional, nomeadamente maior autoestima e menos depressão”. Outros estudos apontam ainda outros benefícios associados a esta prática: menor abandono escolar, desenvolvimento de competências transversais, menores comportamentos de risco e melhor capacidade de socialização.
Os estudos do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da autoria da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, também confirmam o efeito positivo destas atividades no desempenho dos alunos. Ao longo dos diversos países da OCDE, “o tipo e a oferta de atividades extracurriculares varia bastante mas a sua ligação com um melhor desempenho dos alunos é constante”, pode ler-se num relatório do PISA.
Tal como relembra a OCDE, a variedade de escolhas no campo das atividades extracurriculares é imensa, sendo que alguns autores as dividem em: Atividades Sociais, Desporto, Artes Performativas, Atividades da Escola e Clubes Académicos. Aqui ficam alguns exemplos de estudantes que as praticam.