Os dois últimos anos, 2020 e 2021, foram especialmente positivos para o desenvolvimento do mercado. A gama de opções aumentou, atraindo um público cada vez mais diverso para o mundo dos videojogos.
À primeira vista, o mercado parece estar nas mãos das grandes marcas e dos novos lançamentos. No entanto, esta é uma verdade parcial, apesar deste segmento ser o preferido de muitos jogadores, a variedade de plataformas, títulos e géneros faz com que o market share seja mais amplo do que o imaginado.
Ainda sobre o tamanho do mercado de gaming, um estudo realizado pela consultora Accenture estima que no mundo existam 2,7 mil milhões de pessoas que jogam videojogos com regularidade. O salto no número de jogadores dá-se devido à entrada do smartphone como plataforma para jogar, chegando ao mesmo patamar das consolas e computadores. Ainda no mesmo estudo, a empresa estima que esta indústria tenha o valor de 300 mil milhões de dólares e supere em tamanho as indústrias da música e do cinema juntas.
O segmento gaming que mais cresceu nos últimos dois anos foi o mobile. Devido à facilidade de jogar no telemóvel e da imensa variedade de géneros, os videojogos em formato de apps têm conquistado cada vez mais utilizadores. Estima-se que a receita deste ramo subiu 24% no ano passado, sendo que esta conta exclui os anúncios, uma das partes mais rentáveis do negócio.
No setor das consolas e computadores, os lançamentos, seja de novos videojogos ou sequências de marcas consolidadas, continuam a marcar o ritmo das vendas. Em 2021, a lista dos jogos mais vendidos do ano tinha no topo: Call of Duty – Vanguard, Resident Evil: Village, Mario Kart 8/Mario Kart 8: Deluxe, Red Dead Redemption 2 e Grand Theft Auto V. O facto curioso é a presença de Grand Theft Auto V. O jogo produzido pela Rockstar Games foi lançado em 2013 e está há quase uma década a aparecer na lista dos mais vendidos.
Este recorde mostra como os videojogos nas consolas e computadores seguem um caminho “pré-estabelecido”. As grandes marcas contam com um público consolidado que religiosamente comprará o próximo lançamento. Nesta linha, o mercado tende a tornar-se um pouco mais conservador e investir em sequências mais do que em novas histórias.
Devido à extensa variedade do mercado, existem videojogos para todos os gostos. Isto inclui o mercado de jogos indies, os videojogos criados por uma pessoa ou uma pequena equipa, fugindo assim das grandes corporações e aumentado a liberdade criativa dos produtores.
Os jogos clássicos também mantêm um público fiel. Os videojogos tradicionais oriundos das primeiras consolas ainda mantém um sólido grupo de seguidores que se diverte a jogar clássicos como Pac-Man, Space Invader e Tetris. Estes videojogos, conhecidos também como arcade, são populares em websites como o 1001 Jogos e aplicações para telemóveis.
Outros jogos tradicionais que fazem sucesso no mundo real, mas que têm ganhado terreno no espaço digital, são os jogos de casino, uma opção para aqueles que gostam de se divertir em partidas rápidas e repletas de adrenalina. Nas modalidades mais celebradas dos casinos estão as slots, clássicos que com os anos ganham diversos designs e temas variados, inclusive um especial em homenagem à banda norte-americana KISS.
Com efeito, o mercado dos videojogos continua a crescer, tanto em faturação, como em público. A expansão das plataformas como os websites especializados e, especialmente, o telemóvel, trouxe para o mercado um público novo e diferente do jogador tradicional.
O avanço desta indústria está em ritmo acelerado, os dispositivos — consolas, computadores, smartphones — estão cada vez mais potentes e as produtoras e estúdios de videojogos procuram melhorar os seus jogos a cada novo lançamento.