O segundo dia da Academia IPVC Summer Week prometeu ser igualmente divertido. Após o pequeno-almoço, os participantes seguiram caminho rumo à Escola Superior de Educação (ESE), onde tiveram a oportunidade de aprender as técnicas de impressão, serigrafia e gravura, utilizando placas de madeira e acetatos.
O objetivo desta atividade era observarem a natureza e desenharem o que os rodeava.
A serigrafia é uma técnica antiga utilizada pela primeira vez na pré-história e mais tarde foi adotada pelos romanos que utilizavam placas de madeira com cera de abelha para gravarem textos.
Filipe Rodrigues, professor de pintura começou por explicar que “uma tela serigráfica tem o mesmo formato que uma tela de pintura, só que em vez de termos o tecido que cobre a tela, temos uma rede”, acrescentando que “quanto menor for o espaçamento da rede, mais qualidade tem a imagem”.
Esta atividade foi bem acolhida no coração dos participantes e Mariana Rodrigues é uma delas: “achei a atividade muito interessante, nunca tinha feito. Fiz o desenho de uma folha, duas flores e uma borboleta… Gostava muito de repetir esta experiência”.
A atividade da tarde aconteceu na Escola Superior de Saúde e foi dedicada à gestão das emoções e do stress. Nesta atividade os alunos aprenderam através de uma metáfora, a proteger as suas ambições.
Isabel Amorim, professora na área da saúde mental começou com um exercício onde os estudantes se apresentavam e nomeavam um alimento que gostassem. Este tinha o objetivo de fazer com que os participantes ficassem menos nervosos.
De seguida, foi proposto outro desafio onde foi dado um papel para os alunos escreverem um sonho que tinham. Foi igualmente distribuído, um balão e um palito. O objetivo era colocar o papel dentro do balão e protegê-lo. No entanto a reação imediata dos participantes foi começar a atacar os balões uns dos outros.
Segundo Isabel Amorim este comportamento foi o esperado, uma vez que “no início todos estavam a tentar proteger o seu balão, bastou o primeiro rebentar para todos começarem a tentar destruir os balões uns dos outros. Ou seja, para proteger o vosso sonho, acharam necessário destruir o dos outros”. Tal pode ser encarado como uma metáfora para o que vemos no nosso dia a dia, tornando-se uma questão de sobrevivência. Contudo “não temos de competir pelos sonhos, cada um tem um sonho e esse sonho deve ser respeitado”.
Ninguém ficou indiferente a esta atividade e Carolina Machado mostrou-se contente, pois “achei que foi uma metáfora bonita e bem pensada”.
No final do dia houve ainda tempo para um mergulho na praia, para descontrair um pouco.
O dia de amanhã promete um contacto mais próximo com a natureza com a ida ao Sistelo e a realização de um Peddy-paper ligado às “Ciências da Vida e da Terra para a Sustentabilidade”.