Os jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 34 anos são quem mais compra livros em Portugal. Os dados, divulgados em comunicado pela APEL, resultam de um inquérito feito a 1.001 pessoas entre julho e agosto. No último ano, 28% dos jovens nessa faixa etária foram quem mais adquiriu livros no país. Dos inquiridos, 62% compraram livros no último ano e, destes, 70% confirmaram ter comprado "o mesmo ou mais que no ano anterior".
Estes resultados, do inquérito "Mercado dos Livros e Hábitos de Compra em Portugal" foram divulgados no âmbito do evento Book 2.0, que se realiza de 31 de agosto a 1 de setembro, em Lisboa e pretende discutir o futuro da leitura e dos livros. Os números revelam uma ligeira mudança de hábitos em relação à leitura por parte dos portugueses que, em 2020, segundo dados do Inquérito de Práticas Culturais, realizado pelo Instituto de Ciências Sociais, 61% dos inquiridos não tinha lido qualquer livro.
Citado no comunicado, Pedro Sobral, presidente da APEL, mostra-se esperançoso com os indicadores. "Num país com os índices de leitura mais baixos da Europa, estes números trazem-nos esperança no futuro, fazem-nos acreditar que é possível mudar hábitos para as gerações futuras", afirmou. No ano de 2022, as compras efetuadas pela camada mais jovem subiram 44% face ao período pré-pandemia.
No inquérito também é possível verificar que as compras de livros aumentaram na Grande Lisboa e na região Sul, registando quebras "no Grande Porto, Interior e Litoral".
“Não podemos ficar satisfeitos se assistimos a uma subida do índice de compra de livros, mas apenas na Grande Lisboa. O aumento da leitura deve ser transversal a todo o país, independentemente da classe económica ou da região do país, por isso democratizar o acesso ao livro deve ser um imperativo nacional”, defende Pedro Sobral.
O evento Book 2.0 vai decorrer no Museu Nacional dos Coches e vai contar com a presença de várias figuras ligadas ao mundo dos livros, desde influencers, a jornalistas, pensadores, autores e editores nacionais e internacionais. O encontro está esgotado e está integrado na Festa do Livro de Belém, uma iniciativa do Museu da Presidência da República.
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