Para além do IPS, instituição onde se encontra instalado o referido laboratório de robótica industrial (Indústria 4.0), assinaram também o documento a Escola Vocacional de Mecânica e Eletricidade (TVMEC) de Tianjin, a empresa ELCO – Automação Industrial, a Câmara Municipal de Setúbal, o Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa e mais de uma dezena de empresas e escolas de ensino profissional regionais.  

“Queremos com esta aliança iniciar uma nova fase, de maior abertura ao exterior, quer às escolas profissionais, quer às empresas”, referiu o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, no início do “Fórum Lu Ban”, seminário que antecedeu a cerimónia de assinatura, sublinhando como grande objetivo do projeto “qualificar mais jovens, mas sobretudo qualificar também um território e tornar mais competitivas as empresas”. Em última instância, o que se pretende, acrescentou, é “trazer os professores e os estudantes das escolas profissionais para dentro da Oficina Lu Ban, para que possam inclusivamente ter aqui aulas regulares”.

“Podemos ter aqui uma cooperação estreita na área da educação vocacional entre China e Portugal, e essa educação depende muito do desenvolvimento e dos apoios das empresas”, referiu o presidente da TVMEC de Tianjin, Zhang Weijin. Por seu turno, José Lucas, docente da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS) e coordenador da Oficina Lu Ban Portuguesa, elencou as vantagens deste laboratório, enquanto espaço de formação e também de ensaio de soluções para problemas concretos. “Os processos produtivos não são mais do que paradigmas e nós, como temos muitos tipos de processos, podemos reconfigurar os nossos para que possamos simular as condições que as empresas têm nas suas fábricas”, disse.  

Finalmente, o “Fórum Lu Ban” deu também a conhecer a perspetiva de alguns estudantes que acompanharam este projeto, antes e depois da montagem do laboratório e entrada em funcionamento na ESTSetúbal/IPS. Hugo Frazão, finalista da licenciatura em Engenharia de Automação, Controlo e Instrumentação, realçou a oportunidade de “aprender novos métodos de programação” e também de “aprender um pouco da cultura e da língua chinesa”, cujos rudimentos já domina, depois de um semestre de aulas e de duas visitas a Tianjin. Da segunda viagem, o estudante do IPS regressou inclusivamente com um 2.º lugar na National Vocational Students Skills Competition 2019, atribuído à equipa que formou com um colega chinês, da TVMEC de Tianjin.