“Madrepérola” é o novo single da rapper Capicua e é o seu primeiro lançamento pela Universal Music Portugal. Trata-se de uma canção sobre mulheres fortes e inspiradoras, ou não fosse Capicua uma rapper militante, conhecida pela sua escrita exímia, emotiva e politicamente engajada. 

O tema conta com a participação de Karol Conka, “diva maior do rap brasileiro”, beat de DJ Ride e produção de D-One. A canção já está disponível em todas as plataformas digitais e o vídeo, de Clara Não e André Tentúgal, é assim:

“Karol Conka é a diva maior do Rap brasileiro e esta foi a oportunidade perfeita para partilharmos um tema. É uma música em que falo de muitas mulheres fortes e icónicas que me inspiram pelo exemplo. Tem um beat de DJ Ride, com teclados do Luís Montenegro e do Sérgio Alves, todos cúmplices fiéis. É uma música cheia de poder, atitude e estrogénio, e é o primeiro single do álbum porque representa bem o seu espírito solar, positivo e dançável. Tem um videoclipe-colagem, de Clara Não e André Tentúgal, que remete para o universo das fanzines Riot Grrrl, para as capas de cadernos das adolescentes, cheio de iconografia feminista, muito divertido e irónico, que consolida a velha relação entre a minha música e a ilustração e que vale muito a pena ver", explica Capicua.

Este novo single apresenta o próximo álbum de Capicua, o sucessor de “Sereia Louca”, que também se intitula de “Madrepérola” e que será lançado no próximo ano. “O disco chama-se ‘Madrepérola’ numa clara alusão à maternidade, já que foi gravado durante e depois de uma gravidez e foi ele próprio um processo de longa gestação. Como um parto, é um disco de superação e renascimento. ‘Ostra feliz não faz pérola’ é a frase (de Rubem Alves, autor e pensador brasileiro) que serve de abertura ao disco e ao seu primeiro single homónimo, precisamente porque as ostras só fazem pérola quando têm um grão de areia a incomodá-las. Vão cobrindo o grão de areia com uma baba e acabam por fazer uma pérola, numa metáfora perfeita para isto da gestão dos incómodos da vida e sua sublimação em arte e amor. A música e a maternidade têm tanto de beleza e abnegação, como de desconforto e superação. Não é por acaso que a ideia de ‘criação’ serve para a arte e para os filhos e este disco fala de tudo isso", conta a artista. 

Este novo álbum, autoral e cheio de novidades, vai marcar uma nova fase da vida de Capicua e dar início a uma nova digressão, com um espectáculo de antestreia a 17 de dezembro, em Lisboa, no Teatro da Trindade, no âmbito do ciclo Mundos.