O dia começou com uma visita aos laboratórios da Escola Superior Agrária em Ponte de Lima. A sessão foi lecionada pelo professor e coordenador do grupo disciplinar das Ciências Biológicas, Júlio Lopes, onde os participantes tiveram a oportunidade de aprender mais sobre alguns conceitos relacionados com a engenharia genética. Júlio Lopes afirmou que “as pessoas têm muitas vezes uma ideia incompleta do que é que é a engenharia genética.”

Mas em que é que consiste a engenharia genética? Para responder a essa questão, é necessário primeiro estabelecer uma definição de genética. Assim, a genética é o ramo da biologia que estuda a hereditariedade e os genes. Deste modo, a engenharia genética “em vez de usar informação observável a olho nu, como a cor de uma flor, se é lisa, se é enrugada, utiliza-se dados que fomos buscar ao núcleo das células, ao DNA.” O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um ácido nucleico que apresenta toda a informação genética de, por exemplo, uma planta ou de um mamífero. E, a partir daí, “começamos a comparar os organismos a partir daquilo que eles têm na sua informação genética”, tornando-se assim mais precisa a recolha de informação. Contrariamente ao que se possa pensar, o código genético não é universal, uma vez que “já estão reconhecidas mais de vinte tabelas diferentes de código genético, então quando queremos estudar um organismo, temos de ter em conta que tipo de DNA queremos trabalhar, se é mitocondrial ou nuclear.” Referindo ainda que “é através do DNA que nós conseguimos perceber que existiu um antepassado comum” entre espécies distintas. Para finalizar esta primeira aula e com o objetivo de por à prova os estudantes, foi realizado um quiz.

Após assimilado o conceito base desta primeira sessão, os estudantes tiveram a oportunidade de observar, ao microscópio, exemplos de DNA como células animais (osso de rato) e células vegetais como o caule e raiz de uma planta. A aula não passou ao lado de nenhum dos participantes, contudo quem ficou mais contente foi João Labrujó, um dos participantes da academia, que disse "esta aula reforçou alguns conhecimentos que já tinha adquirido nas aulas do secundário, para além de que me deixou a pensar.”

Alternativas Sustentáveis

Seguidamente assistiu-se a uma sessão sobre a sustentabilidade, onde se falou sobre os recursos e alternativas sustentáveis, deixando os alunos mais informados sobre a importância de preservar os recursos naturais para desta forma poderem agir em conformidade e fazer a diferença.

Na última sessão da manhã, os participantes aprenderam o conceito de bioeconomia circular onde Joaquim Alonso, professor do grupo disciplinar de Ciências Ambientais na Escola Superior Agrária, explicou que “a geomática é uma ciência nova. A geomática é a ciência que relaciona a geografia, informática e matemática.” Exemplo disso são “os satélites, GPS, imagens aéreas.” Esta técnica serve para analisar áreas onde existe maior risco de incêndio, onde é que existe risco de ocorrência de cheias e compreender melhor as alterações climáticas que se sentem nos dias de hoje. Apesar de poder ser aplicada a todas as áreas, esta técnica é particularmente aplicada ao estudo do território e no ambiente.

O entusiasmo de Rodrigo Farinha, outro dos participantes, não passou despercebido, afirmando que esta última atividade da manhã tinha sido “muito interessante, visto que falámos à cerca de algo que pertence à minha área e também pude rever conceitos que tive em ciências que acho interessantes.” Rodrigo disse que a aula “foi única e nova para mim.”

A curiosidade foi uma emoção constante e depois do almoço não foi exceção. Na Escola Superior de Ciências Empresariais, em Valença, para ajudar a apresentar os diversos cursos e áreas de estudo, cada um destes organizou uma atividade que melhor apresentasse as suas características.

Para começar, e com o propósito de demonstrar o funcionamento dos sistemas de contabilidade e de logística, foi pedido a cada uma das equipas que "construísse" uma palete de produtos. A entreajuda e a divisão de tarefas foram fundamentais para que cada equipa conseguisse cumprir os seus objetivos.

Abordou-se ainda a importância do empreendedorismo com o lançamento de um desafio: criar uma ideia inovadora que contribuisse para o desenvolvimento desta área. As ideias foram várias e muito distintas, contudo a dedicação e as ideias não faltaram nesta sala.

A atividade associada ao marketing e comunicação empresarial foi talvez a mais familiar, uma vez que foram tiradas e trabalhadas fotografias com o objetivo de criar um post de redes sociais.

Para finalizar este dia e para reforçar o espírito de equipa, houve tempo ainda para trabalhar a auto-estima e a perceção pessoal, através de uma atividade cujo objetivo era criar listas com as qualidades de cada um. 

 Amanhã será o penúltimo dia da academia IPVC Power Up, mas tal não impede que o dia seja igualmente divertido, dando a oportunidade aos estudantes de praticar canoagem na Escola Superior de Desporto e Lazer.