O projeto foi distinguido pelo ministro francês do Ensino Superior, da Investigação e da Inovação, Frédérique Vidal, através da entrega do prémio “Etoiles de l'Europe” à coordenadora do projeto, Dra. Véronique Chable, Investigadora do INRA (Instituto Francês de Investigação Agrícola). O prémio, que distingue os melhores projetos europeus coordenados por investigadores franceses, foi entregue numa cerimónia que teve lugar no Museu Quai Branly Jacques Chirac, em Paris.
O DIVERSIFOOD (2015-2019) foi um projeto desenvolvido no âmbito do Programa Horizon 2020, que visou enriquecer a biodiversidade cultivada, testando, renovando e promovendo culturas, espécies e variedades subutilizadas ou negligenciadas. Utilizando a abordagem multi-ator, apoiou a disseminação de uma nova cultura alimentar, baseada em alimentos diversos, saborosos e saudáveis. Teve como objetivo incorporar a diversidade na cadeia de fornecimento de alimentos e promover redes de múltiplos atores para fomentar sistemas alimentares locais de alta qualidade. Para atingir este objetivo, o próprio processo de investigação foi incorporado no seu contexto ambiental e social: descentralizado e participativo.
O projeto está em linha com o advogado pela Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, quando afirma que o Governo português “acredita num modelo de agricultura pujante, competitiva, mas que seja também amiga do ambiente, preparada para o mercado e que crie emprego. Mas esta agricultura competitiva só pode sair reforçada se também der espaço a uma agricultura que esteja relacionada com o desenvolvimento rural, com a valorização da atividade agrícola de pequena dimensão, familiar e também para a agricultura biológica”.
A ESAC esteve envolvida quer no projeto DIVERSIFOOD, quer no projeto SOLIBAM FP7 (2010-2014), que o antecedeu e, de momento, muitas das atividades levadas a cabo no contexto destes projetos estão a ter continuidade nesta instituição de ensino superior através do projeto LIVESEED. A participação da escola em todos estes projetos tem-lhe permitido expandir os seus conhecimentos e, consequentemente, as suas linhas de trabalho, possibilitando-lhe ainda aumentar a qualidade da formação de jovens investigadores, bem como uma ligação mais coesa entre os elementos da cadeia de valor em agricultura biológica e de baixo consumo de fatores externos.