Sensibilizar a comunidade académica para a produção e consumo de produtos hortícolas, promovendo também junto do público visitante os benefícios da agricultura biológica e da alimentação baseada na dieta mediterrânica, são alguns dos motivos que inspiraram a criação de uma horta itinerante na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco. A iniciativa, com uma vertente demonstrativa e pedagógica, deu-se a conhecer no dia 10 de janeiro numa sessão informal que contou com quatro dezenas de participantes, entre alunos, docentes e não docentes daquela unidade orgânica do IPCB.

Coordenado pela docente Fernanda Delgado, o projeto foi desenvolvido na unidade curricular de horticultura pelos alunos do terceiro ano do curso de licenciatura em Agronomia. Divididos em quatro grupos, os jovens criaram os três protótipos de escala reduzida apresentados em aula, sendo então escolhido o modelo mais viável e em cuja execução todos viriam a participar.

Para o efeito, a turma reciclou e reutilizou materiais como pedaços e estruturas de ferro ou madeira proveniente de paletes. O resultado final é um carrinho de aspeto rústico, pintado de verde e com um metro quadrado de área útil, em muito semelhante aos canteiros das hortas-jardim cada vez mais comuns nas varandas e terraços das habitações urbanas. Graças às rodas com que está equipado, este pode ser facilmente deslocado, resguardando-se assim de condições climatéricas adversas. E não falta nem o regador de lata, igualmente decorado a preceito.

Complementar às hortas de aprendizagem da quinta da Senhora de Mércules, no artefacto agora em exposição junto ao bar da ESA crescem para já alguns exemplares de hortícolas e aromáticas como nabiças, espinafres, rabanetes, beterrabas, couve coração, alface roxa, alho francês, couve repolho, cebolinho, coentros, hortelã, salsa ou tomilho, entre outras culturas da época e espécies que por ali irão passar em sistema de rotação. Uma horta demonstrativa dos nomes e ciclos das plantas, e que também irá ser cuidada por todos os alunos. Os produtos obtidos ao longo do ano serão utilizados em sopas para alunos com dificuldades financeiras ou doados em cabazes destinados a instituições de solidariedade social da região.