Na Escola de Pastores, foram abertas 60 vagas para ensinar este ofício bucólico a novas gerações de empreendedores. As aulas decorrem nas escolas superiores agrárias de Castelo branco e de Viseu, bem como em explorações agropecuárias da Região Centro. Os finalistas podem candidatar-se a uma bolsa de 5 mil euros.

Fazer perdurar no tempo uma atividade que reflete parte relevante da identidade patrimonial, histórica e económica da Região Centro”. É desta forma que Cláudia Domingues, a presidente da InovCluster - Associação do Cluster Agroindustrial do Centro, enquadra a criação projeto piloto, inserido num programa de valorização dos queijos DOP da Região Centro.

A Escola de Pastores pretende “cativar empreendedores que queiram dedicar-se à atividade da pastorícia”.  O objetivo final passa por “contribuir para o reforço e rejuvenescimento da atividade”. As aulas terão lugar nas escolas superiores agrárias de Castelo Branco e de Viseu, bem como em explorações agropecuárias dos concelhos de Castelo Branco, Fundão, Penela, Oliveira do Hospital, Gouveia e Viseu – daí o seu caráter “itinerante”.

 

Apresentação pública da Escola de Pastores

 

A formação

O curso tem a duração de quatro meses, num total de 560 horas de formação, tanto teórica como prática. Os conhecimentos adquiridos pelos formandos dizem respeito a áreas como maneio sanitário, maneio reprodutivo, gestão da exploração, pastagens e forragens, silvo-pastorícia, ovinicultura e caprinicultura. Depois de concluído o curso, os 60 diplomados terão a oportunidade de se candidatar ao Vale Pastor – uma bolsa no valor monetário de 5 mil euros que implica a fixação na região.

Este programa envolve também a criação de uma bolsa de terras, visando a valorização dos queijos DOP da Região Centro. No consórcio colaboram ainda várias associações de produtores, escolas, os centros de tecnologia e as Comunidades Intermunicipais de Viseu Dão Lafões, das Beiras e Serra da Estrela, da Beira Baixa e da Região de Coimbra.