No dia 4 de fevereiro, realizou-se a primeira Mostra Virtual “Portugal Sou Eu”. O conceito era simples – reunir, num mesmo espaço digital, stands de marcas portuguesas que partilhavam informações. No total, 56 marcas estiveram presentes, realizando contactos diretos com alguns dos quase 1000 visitantes do evento. Para a organização, esta “primeira mostra virtual foi um sucesso”. Para além deste contacto, o programa Portugal Sou Eu dinamizou ainda um webinar com o título “Importância de consumir português em tempo de pandemia”.

Sublinhar a importância de consumir produtos nacionais é, de resto, o objetivo-chave deste programa, criado em 2011, por iniciativa do Ministério da Economia. O seu foco é chegar a todos os cidadãos, criando uma marca “ativa e identitária da produção nacional”. As marcas portugueses associadas a este programa são de vários setores de atividade – é possível encontrar o logo “Portugal Sou Eu” em produtos variados, mas também em serviços ou peças de artesanato, por exemplo.

 


 No final de 2019, havia 3400 empresas e 1200 estabelecimentos aderentes ao programa Portugal Sou Eu.


 

Os produtos alimentares e agrícolas são uma das categorias incluídas na marca “Portugal Sou Eu”. Uma visita ao site do programa permite-nos encontrar um catálogo que inclui azeite, produtos lácteos, mercearia, carne, queijos, conservas, entre outros. Nestes casos, como nos restantes, o programa procura “estimular a produção nacional e fomentar o consumo informado” relativamente à importância do consumo de produtos e serviços portugueses. Desta forma, será possível uma “fidelização sustentável à marca Portugal”.

 

Os números do impacto

Para alcançar os seus objetivos, o “Portugal Sou Eu” trabalha com três públicos diferentes. Desde logo, aposta na comunicação com os consumidores (com especial foco nos mais jovens), divulgando a sua marca e selo. Por outro, divulga o programa junto das empresas e empresários, sensibilizando para as vantagens que a marca representa. Por fim, o “Portugal Sou Eu” dinamiza ainda plataformas que contribuam “para o encontro entre a oferta e a procura” e cria “parcerias estratégicas que estimulem redes e oportunidades já existentes”.

No final de 2019, as 3400 empresas e 1200 estabelecimentos então aderentes ao programa “Portugal Sou Eu” passaram a estar ligados em rede através de uma plataforma digital. O objetivo passa por “fomentar parcerias”, promovendo o networking. Nessa altura, o programa revelou que estavam qualificados com o selo “Portugal Sou Eu” mais de 10 mil produtos e serviços que representam um volume de negócios agregado superior a 12 mil milhões de euros.

 

 

Na sua página, o programa partilha vários estudos que dão conta do trabalho realizado ao longo dos últimos anos. Uma dessas pesquisas, datada de 2017, diz respeito ao impacto da adesão ao “Portugal Sou Eu” por parte das empresas. De acordo com esta investigação, coordenada por Helena Martins Gonçalves, do Instituto Superior de Economia e Gestão, mais de 80% das empresas afirma que as suas vendas beneficiaram da adesão ao programa.

Algumas das razões para este crescimento mais destacadas pelas empresas dizem respeito à “maior facilidade na identificação da origem do produto” e o maior reconhecimento “da autenticidade de que o produto é português”. A maioria das empresas revela ainda que existiram ainda “alguns” ou “bastantes” benefícios no que diz respeito à melhoria da imagem da empresa, aumento do prestígio da marca ou produto e maior notoriedade.

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