O concurso, que distingue as ideias de negócio provenientes de instituições de Ensino Superior, permite o acesso a um programa de aceleração de Ciência e Tecnologia. A este nível, refira-se que o projeto AgroGrIN Tech, desenvolvido pela investigadora Débora Campos e coordenado por Manuela Pintado, investigadora e diretora do Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF), será submetido a um processo de aceleração corporativo, transformando a ideia de negócio num produto. 

O AgroGrIN Tech é um processo patenteado que permite a valorização a 100 por cento dos resíduos das indústrias de processamento de fruta. Esta solução, desenvolvida com base nos resíduos do ananás, permite a extração dos desperdícios de ingredientes de alto valor económico – como enzimas, vitaminas e polifenóis –, potenciando a economia circular e a redução drástica dos desperdícios industriais. Esta tecnologia permite, assim, a inclusão na cadeia alimentar de ingredientes naturais e saudáveis, possibilitando ao consumidor fazer escolhas nutricionais mais conscientes.  

De destacar, ainda, do ponto de vista económico, que a incorporação desta tecnologia diminui desperdícios e aumenta margens de lucro, criando novas fontes de receita através dos novos ingredientes. De acordo com a investigadora Débora Campos, a atribuição deste prémio e a inclusão da iniciativa no acelerador Born From Knowledge Ideas “vem dar uma grande visibilidade ao projeto”, capitalizando a confiança no potencial comercial deste processo.