Miguel Perestrello foi dos primeiros portadores do Cartão Jovem em Portugal. Na altura, recorda o hoje presidente da direção da Movijovem, este era “o primeiro instrumento de descontos associado à mobilidade juvenil” e oferecia também vantagens na compra de livros ou bilhetes de cinema.
Ontem, quase quatro décadas depois, a Movijovem celebrou o 37.º aniversário do Cartão Jovem com um arraial realizado no Chapitô, em Lisboa, que contou com música ao vivo, uma atuação por parte dos alunos do Chapitô e um lanche para todos os visitantes. Durante o evento, a FORUM esteve à conversa com Miguel Perestrello, que fez um balanço dos 37 anos de existência do programa, perspetivando os planos para o futuro.
O número de portadores do Cartão Jovem aumentou desde 1986, revela o presidente da Movijovem. Contudo, ressalva, o programa “perdeu alguma notoriedade” junto dos jovens e, hoje em dia, “são os pais que mais reconhecem o cartão e influenciam a que os jovens sejam portadores”.
Para chegar a mais jovens, a Movijovem conduziu um estudo de opinião junto da população juvenil, para perceber quais são as suas necessidades e preocupações. A partir deste estudo, conta Miguel, está planeado revitalizar o Cartão Jovem “nos próximos três anos”, de forma a que este “acompanhe todos os jovens dos 12 aos 30 anos”.
Que benefícios?
Para Miguel Perestrello, os principais motivos que podem levar um jovem a aderir ao Cartão Jovem, nos dias de hoje, são as vantagens em descontos nos títulos de transportes, bem como “o Mega Cartão Jovem associado a uma conta bancária na Caixa Geral de Depósitos”.
Nesse sentido, acrescenta, a estratégia passa por aumentar as vantagens como descontos em transportes como em alojamento, nomeadamente, nas Pousadas da Juventude – outro dos programas geridos pela Movijovem. Outra das prioridades, acrescenta Miguel Perestrello, será incentivar os jovens a uma maior “participação cívica e nas políticas públicas de juventude” tanto nacionais como europeias.
Podes saber mais sobre o Cartão Jovem aqui.