O espetáculo 'A Criada Zerlina', de Hermann Broch, estará novamente em cena no Teatro Aberto, em Lisboa, de 12 de fevereiro a 1 de março. Luísa Cruz venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Teatro em 2019 com a sua interpretação nesta peça.
Na obra de Hermann Broch, Zerlina não é uma jovem camponesa desperta para os impulsos do corpo, mas uma velha criada, distante já da sua matriz instintual, para quem a estratégia erótica se transformou em estratégia discutiva. Mas o corpo e discurso são ambos modos, embora diferentes, de conhecimento e o exercício de Zerlina consiste justamente na laboriosa tradução do conhecimento instintual em conhecimento intelectual. Entre um e outro, como única mediadora, está a sua linguagem, em cuja rudimentaridade procura a sistematização de valores que assistem à sua conversão de «ser erótico» em «ser ético».
Trata-se de um monólogo para maiores de 12 anos, com encenação de João Botelho e cenografia de Pedro Cabrita Reis. Sessões na Sala Azul, às quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, às 21h30; às quintas-feiras às 19h00 e aos domingos às 16h00. Os bilhetes custam 17 euros mas há descontos para estudantes.
O espetáculo 'A Criada Zerlina', de Hermann Broch, estará novamente em cena no Teatro Aberto, em Lisboa, de 12 de fevereiro a 1 de março. Luísa Cruz venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Teatro em 2019 com a sua interpretação nesta peça. Na obra de Hermann Broch, Zerlina não é uma jovem camponesa desperta para os impulsos do corpo, mas uma velha criada, distante já da sua matriz instintual, para quem a estratégia erótica se transformou em estratégia discutiva. Mas o corpo e discurso são ambos modos, embora diferentes, de conhecimento e o exercício de Zerlina consiste justamente na laboriosa tradução do conhecimento instintual em conhecimento intelectual. Entre um e outro, como única mediadora, está a sua linguagem, em cuja rudimentaridade procura a sistematização de valores que assistem à sua conversão de «ser erótico» em «ser ético».