"Uma pessoa que transporta em si a música, todas as músicas… Um maestro… é sempre uma pessoa de bem, é o líder das boas causas, é o epicentro de um movimento total, é o exemplo da sociedade perfeita; todos concertados para a felicidade geral. Um homem ou uma mulher, sós, frente ao vazio que se pode tornar sublime; em que a grandeza do sentir individual está na direta proporção de o comunicar. Um maestro não dirige sozinho, é permeável às propostas que os músicos lhe fazem, sugere, recebe e contrapõe. Fiel depositário de uma obra maior que lhe foi confiada, negoceia, ao segundo, a sua capacidade de transcendência. É aqui que o seu caminho se cruza com a dança e os seus intérpretes. O maestro tem por missão orientar os fluxos da vida, porque eles são feitos de música. Raramente, as questões individual e coletiva, estiveram tão associadas, ainda por cima para desígnios tão edificantes para todos. É inegável a dimensão política exemplar: um líder que faz bem, sempre bem, sempre em prol de uma causa comum! Um indivíduo frente a um coletivo e vice-versa. Com missões diferentes todos trabalham para o mesmo fim", diz-nos Paulo Ribeiro sobre a peça de dança com estreia a 14 de novembro, no Teatro Camões, numa interpretação da Companhia Nacional de Bailado.
"É, desta forma, que quero criar este encontro entre um maestro e um corpo de dança. O corpo, os corpos são os de vinte intérpretes, masculinos e femininos, que executarão com rigor partituras partindo do compositor Shostakovitch para uma profusão de registos musicais distintos, mas cúmplices. Vinte maestros para várias orquestras imaginárias, com uma única partitura. Assim será o início da coreografia que de chef d’orchestre passa a corps d’orchestre. Homens e mulheres que são, na sua integridade, o seu próprio instrumento!", sublinha ainda o experiente coreógrafo.
O corpo, os corpos são os de vinte intérpretes, masculinos e femininos, que executarão com rigor partituras partindo do compositor Shostakovitch para uma profusão de registos musicais distintos, mas cúmplices. Vinte maestros para várias orquestras imaginárias, com uma única partitura. Os figurinos são assinados por José António Tenente.
TEATRO CAMÕES
14 NOV 2019 — 17 NOV 2019
Quinta-feira e sexta-feira às 21h
Sábado às 18h30
Domingo às 16h
Preços: 5 a 20€