O Teatro Nacional São João (TNSJ) – que também inclui o Teatro Carlos Alberto (TeCA) e o Mosteiro de São Bento da Vitória (MSBV) – está em contagem decrescente para a abertura da temporada 2019/2020 e para o início das comemorações do seu centenário. Após a tomada de posse no início de ano, Nuno Cardoso assina a sua primeira encenação na qualidade de diretor artístico do TNSJ. 'A Morte de Danton' está em cena a partir de 18 de setembro, sendo um dos grandes destaques desta nova programação.
'A Morte de Danton' é um “regresso” de Nuno Cardoso a Georg Büchner, autor que marcou a sua primeira passagem pelo São João. Em 2005, o encenador reconstituiu o fragmentário Woyzeck deste dramaturgo alemão que viveu rápido e morreu jovem, o tempo suficiente para nos deixar uma obra marcada pela coragem da desordem. A Morte de Danton foi escrita entre janeiro e fevereiro de 1835, “em estado de urgência” e recuperando documentos que dão conta das convulsões da Revolução Francesa. O texto de Büchner detém-se sobre a última semana de vida de Georges Danton – líder carismático que morreu para deter a marcha do Terror –, oferecendo assim a Nuno Cardoso a possibilidade de refletir em cena sobre a ideia fundadora de Revolução como motor da sociedade contemporânea.
O espetáculo parte de uma tradução de Francisco Luís Parreira e terá no elenco nomes como Albano Jerónimo, Joana Carvalho, Paulo Calatré ou António Afonso Parra. Ao todos são 14 atores que dão vida a uma obra cujo “sofrimento e a morte ocupam um lugar preponderante no drama”, como nos diz o escritor Jean-Louis Besson. 'A Morte de Danton' estará em cena até dia 29 de setembro: quarta-feira e sábado, às 19h00; quinta e sexta-feira, às 21h00; e domingo, às 16h00. Excecionalmente, a récita de 18 de setembro acontece às 21h00.
(Foto de Sébastien Bozon)